Vou falar sobre o Kevin Mitnick, pois é uma das pessoas no mundo cybernético que admiro mais, não devido a todas as leis que este hacker quebrou, mas devido á sua grande vontade em tornar-se um cidadão normal sem quaiquer restrições na sua vida privada.
Kevin David Mitnick (Van Nuys, Califórnia, 6 de agosto de 1963)
Foi um hacker estado-unidense, conhecido mundialmente a partir dos anos 90.
Actualmente trabalha como gerente de uma firma de segurança informática.
Biografia
Mitnick cometeu os primeiros delitos em 1980. Invadiu vários computadores, como o da NSA, do centro de espionagem dos Estados Unidos, de operadora de celulares, de empresas de tecnologia e provedores de Internet. Foi preso em 1995 e libertado em 2000 após pagar uma fiança de U$4000. Ficou três anos em liberdade condicional, sem poder conectar-se à Internet. Hoje trabalha como consultor de segurança na Web.
Sua história começa na adolescência em Los Angeles, durante os anos 70, quando invadiu o computador da sua escola e alterou algumas notas. Pouco tempo depois, passou a interessar-se pela pirataria de sistemas telefónicos. Para isso, chegou a invadir as instalações da Pacific Bell para furtar manuais técnicos. Entretanto, como ele tinha apenas 17 anos, acabou não sendo condenado.
Prisão
A persistência em invadir sistemas o levou à prisão pela primeira vez aos 25 anos de idade, quando ele foi condenado a um ano de prisão por invasão de sistema e furto de software da DEC. Sua então namorada Suzy Thunder disse às autoridades que Mitnick seria capaz de causar uma crise nuclear apenas usando um telefone. Quando ele saiu da prisão, seu telefone passou a ser monitorizado, assim como suas actividades. Então, coisas estranhas começaram a ocorrer. O telefone do encarregado pela sua liberdade condicional foi desconectado, sem que a companhia telefónica conseguisse explicar o motivo e registros de crédito de um juiz foram alterados em uma empresa.
Fugitivo
Sem autorização, Kevin viajou a Israel para encontrar amigos hackers, violando sua condicional. Como a polícia suspeitava que ele continuava invadindo sistemas, Mitnick resolveu desaparecer. Para isso, utilizou uma identidade falsa, passando-se por outra pessoa.
Então, como fugitivo da polícia sua actividade hacker continuou cada vez mais intensa. Invasões em sistemas de telefonia celular e furto on-line de softwares foram atribuídos a Mitnick, aumentando o interesse pela sua captura.
Armadilha
Em 1994, Tsutomu Shimomura era um grande especialista em segurança do Centro Nacional de Supercomputacão em San Diego, Califórnia. Durante suas férias, seu computador pessoal - que estava conectado via Internet com aquele centro - fora invadido. Além disso, em 27 de dezembro daquele ano, uma pessoa deixou uma mensagem na caixa postal do telefone de Shimomura.
Tsutomu Shimomura, com sua reputação técnica abalada, preparou uma armadilha para Mitnick. Em primeiro lugar, colocou a mensagem da secretária eletrônica na Internet, tornado-a pública. Ele imaginou que, dessa forma, Kevin entraria novamente em contato.
Algum tempo depois, uma outra mensagem atribuída a Mitnick foi deixada na caixa postal de Tsutomu Shimomura. Ela dizia mais ou menos o seguinte: " Ah Tsutomu, meu discípulo aprendiz. Você pôs minha voz na Internet. Estou muito desgostoso com isso ".
Com o FBI accionado e com a colaboração da National Security Agency, o computador de Shimomura passou a ser monitorizado 24 horas por dia em busca de qualquer indício de invasão. Da mesma forma, o seu telefone passou a ser rastreado.
Algum tempo depois, uma outra mensagem atribuída a Mitnick foi deixada na caixa postal de Shimomura.
Essa ligação foi rastreada e em 15 de fevereiro de 1995, as autoridades com a colaboração de técnicos da Sprint Cellular concluíram que o suspeito estava operando na Carolina do Norte. Com scanners de frequência, eles verificaram um sinal suspeito vindo de um edifício de apartamentos em Players Court. Com uma ordem judicial, Kevin foi finalmente preso.
Liberdade longe dos computadores - após cinco anos preso, Kevin Mitnick foi libertado em 2000 com a condição de manter-se longe de computadores, celulares e telefones portáteis pelo período de três anos.
Actualmente, passado o período em que deveria manter-se longe dos computadores, Kevin Mitnick escreve livros e artigos sobre segurança de informações, profere palestras em diversos países e trabalha como consultor em segurança de sistemas.



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